segunda-feira, 10 de agosto de 2015

 O papel da inclusão digital na educação musical

A palavra inclusão refere-se a existência de algo ou alguém dentro de alguma coisa.  Acrescida do substantivo digital ela passa a compor uma expressão muito usada nos últimos anos, a Inclusão Digital.   A inclusão digital é o princípio de que todas as pessoas devem ter acesso a tecnologia de informação, em outras palavras, democratização da tecnologia disponível. Por tecnologia de informação (TI) entende-se todo recurso tecnológico que vise o tratamento da informação e/ ou facilite a comunicação (computadores, webcam, celulares, CD, DVD, pendrive,etc.).
Muitos têm sido os esforços de inclusão digital por parte de instituições governamentais e não governamentais. Em 1995 surge a primeira Escola de Informática e Cidadania (EIC) no Morro Dona Marta na zona Sul do Rio de Janeiro. Essa escola deu início ao que hoje se tornou o CDI (Comitê para a Democratização da Informática), uma ONG inspirada nos preceitos defendidos pelo educador Paulo Freire que oferece cursos que visam a inclusão digital de comunidades de baixa renda, escolas públicas, penitenciárias, hospitais psiquiátricos e outros.  Na esfera governamental, em setembro de 2005 o decreto nº 5.542 instituiu o Projeto Cidadão Conectado – Computador para todos que incentiva a aquisição de computadores e seus aparatos em condições facilitadas.
Mesmo diante de todos esses esforços e muitos outros não citados nesse texto, pesquisas recentes (2015) mostram que apenas 54% da população brasileira tem acesso à internet, que seria, por assim dizer, a porta de entrada para o universo digital. Mas o que isso tem a haver com Educação Musical? Bom, na verdade não seria exatamente com a Educação Musical em si, mas sim com a tecnologia que pode lhe servir. As TIs “invadiram” todos os setores da vida do homem do século XXI e isso é igualmente válido para o setor de educação e consequentemente da educação musical. Existe uma infinidade de aparatos tecnológicos voltados exclusivamente para a educação musical e outros que embora não sejam exclusivos para este fim, seriam de bom proveito para tal atividade. Entender e conhecer como se dá a produção e manuseio dos conteúdos disponibilizados na internet é de grande valia para aquisição e compartilhamento de conhecimentos específicos à área de educação musical.
 A educação musical é uma atividade educacional que aumentou em muito as suas possibilidades de desenvolvimento após Lei 11.769 de 18 de agosto de 2008 ser sancionada. Muitas instituições de ensino voltaram seus olhares para a música na escola exigindo do mercado de trabalho uma oferta de profissionais qualificados. Vimos a partir daí o surgimento da modalidade à distância (EAD) também para a educação musical na tentativa de suprir essa necessidade criando assim, uma simbiose entre o contexto da inclusão digital e a educação musical.

Referências Bibliográficas
CDI : Transformando vidas através da tecnologia. Acesso em : 10 de agosto de 2015. Disponível em: http://www.cdi.org.br/quem-somos/                     
DECRETO Nº 5.542, DE 20 DE SETEMBRO DE 2005. Acesso em: 10 de agosto de 2015. Disponível em:  http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5542.htm

UFSCAR. Apostila unidade 1. Curso de Educação Musical. Internet: O Conceito e a História da Grande Rede. Acesso em:10 de agosto de 2015. Disponível em: http://ead2.sead.ufscar.br/mod/book/view.php?id=111172&chapterid=48980